Um poço de lama. Alguns grãos de desejos. Um oásis de esperança. Um deserto de desespero.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Reflexo


O que nos acontecerá quando a noite raiar
brotando dos medos sangrados da dor da perda,
moídos pela iminência da descoberta,
do amor desperdiçado pela aventura insegura?
O pensamento trocado pelos trocadilhos perigosos
da confusão de um nome
do toque inseguro de uma pergunta inesperada
para uma resposta embebida de calúnia, de estória
O olhar, frio
O sexo, sombrio
Tudo pela mentira
Tudo de mentira
As sensações, os desejos, as indagações
Tudo de mentira
Tudo na mentira
As roupas no chão
O suor condensado
Os sussurros altos
Fazem tudo parte de um teatro

Por medo de mudar
Me mantenho inseguro
Entre andar e ficar parado
escolhi cavar um abismo
no pedaço que me mantém equilibrado
entre a morte meditada,
do envenenamento simbólico,
da dor que não afaga

2 comentários:

Mirella disse...

sempre muito profundo...

Anônimo disse...

sempre me fazendo pensarr muiitoo..

muito bom.