Um poço de lama. Alguns grãos de desejos. Um oásis de esperança. Um deserto de desespero.

domingo, 11 de maio de 2008

Uma Resposta da Ironia


Poemas não são nada comparados aos sentimentos
Sinceramente, o que você esperava para me ver contente?
Todo instante é criado pela vontade que sempre resta
São vestígios de uma carta que do peito se revela
Ao que me parece, o irônico já começou a agir
Conversei de coração aberto
Você é quem se escondeu de mim
Todos os encontros marcados
Não passaram de enganação
Nenhum de fato se fez...

Seu deus existe em vão

Eu costumava temer ao medo que por momentos nos aflige
Mas – agora – compartilho com ele todos os meus limites
Minha vontade não é evaporar
É continuar até ver aonde você vai chegar
Não me venha descriminar as armas que trago comigo
É tudo uma resposta bélica aos mísseis por você erguidos
Sua vontade não se parece nem um pouco manifesta
Venha com tudo para ver se, ao menos, me acalenta
Melindro-me que seu receio vá falar mais alto
Só não se explique dizendo que é meu novo ar irônico e pesado

O pobre escárnio nasce sozinho e é logo marginalizado
Me transformei numa pessoa (in)diferente ao que se expele
Fique atenta, no entanto, sempre existe uma essência
Você é quem sabe a iniciativa
Não sou mais aquele que espera tua partida
Aceito tudo mais fácil
Continuo meio fraco
As portas estão abertas
Basta um pouco de cautela
Só não queira algo igual
Quase tudo em mim é proposital
Uma coisa de fato já aconteceu
Mudei as lentes dos óculos
Meu espaço se escafedeu