Um poço de lama. Alguns grãos de desejos. Um oásis de esperança. Um deserto de desespero.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Memórias Abastardas


Esqueça o passado como artefato negro
Você disse que iria partir
E, agora, o que será de mim?
E nosso passado, recente
Claro como a alvorada
Fresco como a brisa
Teus abraços
calorosos
ofegantes
libidinosos
E teus sorrisos
E as estrelas que olhamos juntos?
E a canção do mar orquestrada por nossos ouvidos?
Caberia tudo isso no porta-malas da partida?
Os tantos beijos
Os desencontros encontrados
A dificuldade do amor
da complacência
do temor
Tantas coisas já temos para contar
Os flashes rememorados
As primeiras experiências de nossas vidas
Tudo acontecendo quando estávamos juntos
Não são suficientes para te fazer lembrar o que somos?
Ou o que nos tornamos?
Nossas corridas na praia
Deitando na areia molhada
Sussurrando sonhos distantes
Imaginando-nos como pobres amantes
Tudo isso não justifica o porquê da paixão?

Decido, por hora, me calar
Conter todos os gritos abafados, silenciados pelo penar
O que posso te dizer
É que eu te quero para mim





Ainda que seja para me iludir

2 comentários:

Anônimo disse...

sem muito o que comentar...
está lindo..

só me fez lembrar de coisas boas
:)

bjos..queijo e flores..

Laís Fatima disse...

Caramba... to sem palavras...
Você tem um dom.. todos são muito bons mesmo.. estou encantada.
Acho que vou começar a passar por aqui mais vezes..na espectativa de ver mais.. não pára não.. continua assim..são lindos. =]