Um poço de lama. Alguns grãos de desejos. Um oásis de esperança. Um deserto de desespero.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

A Vergonha de Meus Desejos




Começo com desculpas
Por tudo que um dia fiz
Que deixei de fazer
Por não ser quem prometi
Pelos olhares que neguei
Aquele toque,
Aquele toque,
Maldito toque
eu esqueci de repeti-lo
Perdão pelos beijos que não consigo
evitar o desejo
Meu olhar imóvel quando você passa
As mãos que ardem à revelia da separação
Esqueça minha humilhação
por instrumentalizar o objetivo final da minha existência
Por buscar, a todo custo, sua presença
Por não me conter na sua ausência
O desespero da partida
Essas poesias ridículas
O silenciado protesto
O calado discurso
Um coração mudo
O amor infantil
Meu Complexo de Peter Pan
O calafrio do primeiro encontro
A dúvida do futuro
A clemência,
redundância
e medo do presente
O que não quero ser
A fuga do meu sofrimento
A vergonha de meu desejos...

2 comentários:

Nyke disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Nyke disse...

Árdua é a luta contra os nossos anseios

Escura verdade

Compra o que quer à custa de nada

Não pede calma

Nem mede o que sentir

Essas vontades são tão fortes

Que meu suporte precisou reflorir

A disposição é fraca

Vontade opaca

O desejo que nos vem redimir

Pensamentos dispõem-se a amordaçar

Mas o que aludir?

Venha comigo, precisamos voar.