Um poço de lama. Alguns grãos de desejos. Um oásis de esperança. Um deserto de desespero.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

A Você me dirijo


Por esses poemas
Por meus pensamentos
Um perdido se desencontra
E as ameaças retornam
Mas quem se importa?
Em tempos em que pouco se tem a perder
insuficiente é o medo
E andando, sem respirar, sem procurar
Nos batemos sem sabermos quem somos
Criando causas pequenas
Tão sem importância
Mergulhamos neste mar
Desconhecido
E não existe a “nossa canção”
E não existe essa junção
O mundo imaginado se dissolve
As fantasias açucaradas, saboreadas
Mas apenas nesta terra distante,
onde não se deve busca o fim,
esperamos que ele venha ao nosso encontro
O anonimato, virtude dos maldosos
dos inseguros, dos inexistentes,
se reproduz
E onde está você que não se mostra?
Quais são os dedos que vertiginosamente escrevem tantos “poréns”?
Qual insanidade você alimenta?
E essa crença de ter todos em suas mãos
Você realmente acredita?
Realmente acredita que é capaz?
Capaz de decidir qual caminho rumar,
e o que fazer quando os balões escaparem a suas mãos?
Sinceramente, é válido entender as pessoas?
Para que?
Para crucificar a surpresa de cada encontro?
Para adivinhar como elas agiriam?
Para evitar o sofrimento?
Prefiro minhas dores
Meus porquês
Minhas dúvidas
E isso é uma crítica
A todos vocês, cientistas do sentimento:
guardem suas fórmulas
joguem seus experimentos ao mar
Me deixe sozinho
Abandonem minha vida
Esqueçam as minhas marcas

2 comentários:

Anônimo disse...

"O anonimato, virtude dos maldosos
dos inseguros, dos inexistentes,
se reproduz
E onde está você que não se mostra?
Quais são os dedos que vertiginosamente escrevem tantos “poréns”?"?????????????????????????????????????????????????

Nos corredores frios e escuros, que você transita, mas insiste em não notar, mas "TE DEIXAREI SOZINHO" as provas são suficientes e irrevogáveis.

Montarroyos disse...

ufa!

Consegui alguma coisa!