Um poço de lama. Alguns grãos de desejos. Um oásis de esperança. Um deserto de desespero.

sábado, 15 de novembro de 2008

Eu e Você

Parece que tudo que me rodeia cria vida
Os toques mais simples tornam-se os nossos protagonistas
O cheiro nascente do contato precipitado
E chegamos à beira mar
A lua já está bem alta
Naquele porto
As águas paradas
Essa madeira velha
Esses pensamentos incontroláveis
O sentimento singular
E eu vou escrever para você, por você
“Vai?”
“Vou”
A maré seca, encheu
Aqueles faróis estão desligados
O vento deslizando,
rosnando a sussurros sua canção,
choca-se com o calor interno de nossos corpos
E é difícil escolher qual caminho seguir
E eu te pergunto: dá para parar de ser tão universal,
ao ponto de me fazer lembrar de você
em tudo que vejo, toco, sinto?
Nos livros que não mais me perco,
já que meu mundo imaginado
se perde fora daquelas páginas
Que se encontra na encruzilhada da partida
No condensamento do suor
No sofrimento da distância
Eu e você, sem o porquê
Sem nos entendermos
Apenas por ambicionar
Movendo nossas montanhas
Superando nossos medos
Criando novas barreiras
Sangrando o nosso sangue,
gota a gota,
por nossos desejos

Um comentário:

Anônimo disse...

Deve ter sido quase um sonho..
momentos assim descritos tendem a ser eternos..
deu p sentir o que tu sentia ao escrever o poema; tão forte ele se apresenta.

:)
lindo o poema!!
bjos