Um poço de lama. Alguns grãos de desejos. Um oásis de esperança. Um deserto de desespero.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Viver: arte de sofrer


Já escrevi muitas bobagens
Daquelas que dá vergonha de ler
Memórias fugazes, que lembravam...
Ah...
Tanta meninice!
Os namoricos de crianças
Meus erros de português, volumosos
A falta de coerência, constante
E o sofrimento pequeno, grande
Na época em que eu não sabia a beleza da vida
Nem mesmo as amarguras
Que olhava para uma garota
E a desejava como a última coisa em minha vida
Queria voltar a escrever os absurdos gramaticais
Retornar a viver na ilusão da morte natural
No tempo em que meu pai era o herói
Meus tios os companheiros
Minhas tias outras mães
Minha mãe uma santa
Meus avós anjos do céu
Hoje o tempo mudou
Pouca coisa continuou
Meu herói foi derrotado
Meus companheiros fuzilados
Minhas mães singularizaram
E meus anjos voaram

Um comentário:

Anônimo disse...

tão lindo anjo.
to lendo todos outra vez;
te ler é sempre bom.
=)