Um poço de lama. Alguns grãos de desejos. Um oásis de esperança. Um deserto de desespero.

domingo, 6 de abril de 2008

Guarde Sua Compaixão Para Outrem


Não quero sua compaixão
Sofrer é algo natural
Logo você, o conformado incondicional,
para quê falar de amor, se um dia poderá existir o ódio?
Nego todos os ombros caridosos
Juntamente com as juras de companheirismo
Nenhum de vocês, ninguém, poderá suprir o que outrora se arrancou
O peito amigo se esfacelou
As mãos dadas se separaram
No anel, rompeu-se uma brecha
E no olhar, uma lágrima
Vou seguir o ciclo da vida
Ser espectador da matéria passageira
Agüentar a dor que me aflige
Mas nunca vou aceitar essa baboseira
Vou injetar morfina nas veias
Sedar todos os meus sentimentos
Quero degolar o tempo que passa
Dizer um foda-se ao criador
Guarde sua compaixão para outrem
Não preciso de seu olhar
Quero me destruir
Vou me descosturar...

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