Um poço de lama. Alguns grãos de desejos. Um oásis de esperança. Um deserto de desespero.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Passado Presente Passado


Eu não quero mais te conhecer
Suas palavras estão vazias
Onde você foi ancorar?
Deixou a inércia por você
Não vejo mais o que um dia eu vi
Cheguei ao estremo pra te mostrar
Tudo aquilo que eu pensei existir
Você não considerou
Simplesmente apagou o que meu lápis nem riscou
Vou amassar a nossa história
Borrar todos os encontros
Criar um aviãozinho
e fazê-lo decolar
com os vestígios no ar
que sua borracha me deixou
Os singelos olhares trocados
Nunca mais voltarão a acontecer
Não admito rejeição
Arrume seu estojo e não interfira mais em minha redação
Esqueci todos os argumentos
Não quero mais escrever
Na minha folha de papel
Só existirá o que me fizer viver
Rejeito a indiferença
Vou ignorar o seu cinismo
Por causa disso, criei um poema
Para todos os submissos
Talvez eu esteja fazendo isso
somente por você
Mas certamente como um escárnio
Pela vergonha alheia de não querer
estar no seu estado
Não me leve a mal
Somente não quero caminho de volta
Continue com afinco
Não pare pra olhar pra trás
Agora eu passei correndo
Seus olhos irão me deixar
Lá na frente talvez nos encontremos
Mas, agora, deixemos o futuro falar

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