Um poço de lama. Alguns grãos de desejos. Um oásis de esperança. Um deserto de desespero.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Meu Contrato de Mudança



Admitir a existência de uma dor
não é provar mais uma carência
Paixões
distam léguas
Palavras juntas:
há sentimento?
Tanta coisa digo
Mas quantos mais não me entendem?
A sombra que se interpõe em nossos caminhos
E, mais uma vez, viro as costas
para uma viela às avessas
Sinto que peco de alguma forma
Não vou mais abrir as janelas
O caminho do horizonte estrelado
O coração emplumado
com pedras
E continuo na continuidade de uma esperança
O acordo dos amordaçados
num contrato silencioso
E cada vez mais, me vejo:
há um passo de irretornável,
no limite do ilimitável
a beira do irretratável
em um lugar em demasia longe, 
mas que, em meus sonhos, sonhei tão perto

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