Um poço de lama. Alguns grãos de desejos. Um oásis de esperança. Um deserto de desespero.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Ressentimentos


Há alguma coisa aqui dentro?
Você poderia desvendar comigo?
Sim, eu posso ouvir o sino tocando
Posso ir adiante?
Até quando isso durará?
Um dia segurarei sua mão?
Mas quem é você, estranha?
E eu podia jurar estar convencido
Minutos meus de ilusão
Posso telefonar mais tarde?
Tudo bem, são só problemas de definição
Por que está tão barulhento?
Isso é tão angustiante
Você se lembra daquele domingo?
Para onde você irá agora?
E por que sofro por quem nem conheci?
Não podíamos, simplesmente, ser mais diretos?
O que realmente importa nesses momentos?
Tudo bem, confesso, são muitos conflitos
Tenho certeza que há um horizonte
Éramos jovens
antes da corrida do tempo
As noites só refletem os lados opostos
Os espelhos que colocávamos n´alma
E voltamos mais uma vez?
Não é um pouco tarde para promessas?
Falar pouco é fácil
Vamos reconstruir aquela casa
Como era o nome de nossos sonhos?
Ainda estamos satisfeitos?
Vamos voltar para o eterno?
Eu queria ir para a estrada 
A escuridão me lembra a infância
Minhas criações
Gosto de banhos de chuva
Alguma esquina
Nossas lembranças
Minha rosa negra
As trocas me embaraçam
Olhei para você
mal sabendo que olhava para mim mesmo
Você acha mesmo que posso voltar atrás?
Posso lhe beijar uma única vez?
Você não vê o que está escoando?
Isso só foi mais uma pergunta
para o silêncio de uma cegueira
Secando todas as minhas roupas
Misturando saudade à sujeira

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