Um poço de lama. Alguns grãos de desejos. Um oásis de esperança. Um deserto de desespero.

terça-feira, 23 de março de 2010

O Ofício de Meu Clamor



Com pouco do que se orgulhar
Duma jornada tão dura
A custo de ilusões
Trajetos inteiros de imperfeição
A passagem fugaz
O menino pródigo
Trilha de um regresso improvável
Perdões com ódio
Do ofício largado
A história que se apaga
Das lembranças que se arrastam
O amargo sabor
Da indagação não respondida
De qual futuro me azucrina
Mas, enfim, com direção
Com milhões, cem mil, sem nenhuma opção
O pensador vitimado 
Foi tudo culpa do pensamento
"Minha querida criança"
Queria não  fazer escolhas
Vou gritar tudo quero
Ainda não escolhi as palavras certas
"Mas qual medo te desespera?" 
Vou leiloar minhas esperanças
"Você pode parar com isso?"
Agora não vou mais dizer
Acho que vou escorregar
"Que tal um café?"
O que mais posso fazer?
Acho que vou dormir
Talvez lá eu possa me inclinar
Migrar pro paraíso
Gramas e gramas
Para quê mais juízo?
Quem dera fosse uma fase
O que direi para meus filhos?
Quanta coisa devo inventar
Mais uma vez um encontro perdido

Um comentário:

Joelton Duarte disse...

Sempre há algo a fazer, sempre há algo inacabado e você como ser brilhante e pensante que é encontrará saídas para os labirintos que o destino te prendeu.Use sabiamente o fio de Ariadne e verás que não precisarás omitir nada, inventar nada, pois os filhos sempre têm orgulho dos PAIS principalmente, quando eles amam, sorriem,choram e sofre e sobretudo vencem na vida.
SUCESSO, e Exerça com maestria o Ofício que a VIDa te incumbiu!

Forte abraço.

Joelton Duarte de Santana.