Um poço de lama. Alguns grãos de desejos. Um oásis de esperança. Um deserto de desespero.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Tempo


Como o tempo que,
mais rápido que eu,
se apressa em logo si consumir
e passa correndo
fingindo que dá tempo para a vida
que devagar passa rápida
A velhice chega
Deixando-nos com a pele escorrendo:
resultado da ampulheta do tempo
Agonizamos nos poucos minutos
que em nossos dedos passam
Minutos que simplesmente correm para o nada
Preocupados com os muitos outros que ainda virão
Os olhos que acompanham
O espetáculo sem fim dos momentos
de vivos que vivem para o tempo
do tempo que, cedo ou tarde, acaba com os momentos


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