Um poço de lama. Alguns grãos de desejos. Um oásis de esperança. Um deserto de desespero.

quinta-feira, 19 de março de 2009

O Outro


O outro na extremidade
De uma margem vertical
As nuvens no céu
Chuva que goteja a janela,
que descansa em teus lábios
O vento que sopra os cabelos
O olhar que namora o reencontro
O outro na extremidade duvidosa
Com a mesma lua que consagra
o dejavu
As imagens soltas
Teu corpo nu
Com mãos dadas
O outro na extremidade ressente
Do por que de florescer
A primavera que já acabou
O inverno ta congelando
E a lareira volta a esquentar
A poltrona do medo
De uma porta aberta para o reinício
E o outro continuará na outra extremidade
A espera de uma escolha
Protelada pela angustia
do medo de se apagar aos poucos
ao invés de se consumar de vez...

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