Um poço de lama. Alguns grãos de desejos. Um oásis de esperança. Um deserto de desespero.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Fantasia do Existir


Poderão existir palavras que eu te diga
que desmintam o que os olhos vêem?
Vou colocar toda essa dor
aqui, neste texto
só para quebrar os espelhos
que você colocou no teto

Você com passos tão pequenos
Saltando longe daquela canção
Às margens do papel
Contei outra mentira
Qualquer coisa boa era bem vinda
Mas vendi seu coração
Por esquecer o meu numa sacola,
naquela esquina
porto do medo
cais do sabor

Escolhi pisar nos cacos
Cortei para escoar
Seus olhos de qualquer coisa
Lugares para haver alguma promessa
Transformaram rios caudalosos
em terra árida, deserta

Pílulas com fórmulas de “sorrisos”
Calma programada
Conversas trocadas vestidas
O frio que se apossa
por reaver as lágrimas,
que dos olhos rolam

Afinal um bom poeta
de verdade se degenera...

Um comentário:

Joelton Duarte disse...

Se os rios caudalosos transformaram em terra árida,deserta, ouse semear em tal solo que regada pelas lágrimas que do olhos rolam, hão de prosperar e cicatrizar as sequelas do corpo e da alma, e os sorrisos virão à tona.