Um poço de lama. Alguns grãos de desejos. Um oásis de esperança. Um deserto de desespero.

domingo, 2 de maio de 2010

As Cruzadas em Meu Nome



 
"Deve haver algum motivo para continuar"
Num mundo esfarelando aos poucos
Os heróis desabando por medo
Uma armadura trincada
Os cavalos que me enfrentam
Equilibrando-me nos anéis de Saturno
Não há meios para recuar
Mas os pés desobedecem ao comandante
e corre a largos passos
do olho de fogo que se aproxima
"AVANTE SEU MISERÁVEL"
grito sozinho, quase insano
Digladiando para silenciar
aquilo que se diz que fez em meu nome
Quem realmente se importa com os loucos?
Quem mais tem fé em mutretas?
Qual povo mata os filhos
por outros irmãos que o despreza?
Queria um deus mais forte
Já não basta meu violão
Ainda assim ela insiste:
"Você devia, sim, pedir PERDÃO"
Destratando-me para tratar
de qual lado da balança tem mais ouro
Virando as costas para a batalha
"Nada mais importa"
Sai o jovem comandante,
ferido no calcanhar,
sem sonho,
SEM REZAR...

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