Um poço de lama. Alguns grãos de desejos. Um oásis de esperança. Um deserto de desespero.

domingo, 1 de junho de 2008

Amanhã como será?


Minha crítica é para ser contestada
Odeio o silêncio forçosamente silenciado de alguns covardes
Queria chegar a ver os que têm tudo a perder se lançarem na incerteza de se verem sem nada
Esses, sim, são dignos de respeito
É triste acompanhar os que vivem em seus permanentes medos
De não ter as chaves para a prisão interna, e quase eterna, dos que se acham livres e felizes
Aprendi que a solidão não é a ausência de pessoas por perto, é sim a ausência de si mesmo
Um verdadeiro sábio age antes de falar, para, depois, falar baseado no que já fez
Existo para marcar alguns momentos de umas poucas pessoas que me rodeiam
Mas existo para o agora

E as coisas que eu tinha para falar teriam que ser enterradas na consciência remota de alguém que desprezei
Porque, então, a demora em se arrepender?
E porque não conversar com seus avós?
Porque perder tempo com o medo que te mata antes de tua hora chegar?

Os frutos das árvores apodrecem
Cabe a nós retirá-los com todo esmero e compaixão
Não os deixe estragar
Recolha-os ainda no pé
Mas caso algum deles caia no chão, por favor, limpe-o, não o deixe em vão

Não deixe a vida apenas passar
Ainda que seja borrada de tristeza e de solidão
Viva para você
Para os sentimentos que te acompanham
Não se abstenha das batalhas
Morra uma vida duelada

2 comentários:

Anônimo disse...

lindo o poema.
inspirante.

Montarroyos disse...

Valeu...

bom que você tenha gostado.

Fico feliz...

:)