Um poço de lama. Alguns grãos de desejos. Um oásis de esperança. Um deserto de desespero.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Com fim, contado



A gota do sangue da rosa
Vida filantrópica
Tropeçando em erros pueris
A contramão do destino
O último a beijar o azul
Filho que vai para nunca mais
Bebendo o óleo das articulações
Música para flutuarmos
Esmagou o sentimento
As pessoas não nos merecem
Havia alguma lógica recalcada
Certificado da lua
Nada é justo com ninguém
Contei com a sorte
Tossi as moscas da capa
Joguei cal na estrada
Desabotoou os pontos da trama
Desbotou a maquilagem do rosto
Vi o monstro distraído
Não deveria ser tão difícil
O corredor é assustador
Melei a parede branca
Você saberá que estive aí
Cuidei dos meus lábios ressecados
Enxagüei meus olhos molhados
Pus uma lente azul
Aquilo que era negro,
colori
A pá
corri
Léguas
sem fim
com fim,
contado

Nenhum comentário: