Um poço de lama. Alguns grãos de desejos. Um oásis de esperança. Um deserto de desespero.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Estórias de Desencanto


Deixe-me arregaçar as mangas
Para dizer quem sou
Inventar alguns pontos
de uma trama só minha
tão sua
Relembrar as novidades de algumas noites
Mentir sobre compaixões e paixões
que nunca senti e sinto
Narrar pessoas de papel
que se colocaram em estradas de ferro
Dizer um pouquinho do que fui
Gritar como me sinto agora
Com todos esses eventos
que me levarão
a não dar a mínima
nos seus momentos dor
Esses borrões de seus rabiscos
Os livros e fotos
Tenho que lhes dizer
Novamente reescrevo
para uma pessoa querida
Mas seus olhos não lêem
A comodidade da situação
Cúmplices
Muito legais
O tempo terá sua vez
Estou aqui esperando
O sol raiar
Ouvir suas desculpas
Sempre tão iguais
Mas não quero ficar
declamando esse tempo
Triste
Prefiro olhar para o futuro
Longos textos fulos
Da pessoa que me tornarei
Mas quantos não mudariam
quando soubessem do que sei?
Sozinhos nos momentos de companhia
Quanta ironia
Aleivosia
Eu não tenho coragem
Mas pode acreditar
Existem os que têm
Nem falo dos estranhos
Esses nem conto
São aqueles mais próximos
Com quem me desencanto
Politicamente corretos
Quanto esforço você fizera
A depender de quantas pessoas
se carregará nossa amizade
que pelas beiradas
estertora?

Um comentário:

mariana disse...

"Mas seus olhos não lêem"
..eu duvido!

fica bem.. eu te adoro!