Um poço de lama. Alguns grãos de desejos. Um oásis de esperança. Um deserto de desespero.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Genealogia Reinventada



Genealogia sofrida
de algo que eu acreditava existir
Amargamente calado
Um passado distante
de um jogo perdido
que pinga no chão de meu quarto
E me acho numa sombra difusa
que mal percebo como existência
ao lado de alguns sonhos
que sozinho projetei
Uma criança
perdida
O que resta de tudo isso
Quantas estórias para contar
E me pergunto, mesmo sabendo,
por que desta forma?
E encontro um novo caminho
Fadas para meu guarda-roupa
Quem dirá que é mentira?
Colho as pedrinha
restou a demolição
E mais uma vez digo
genealogia de uma existência sem passados
A aposta não valeu o prêmio
E o que nos resta são escolhas?
Toda a turbulência acontecia
nem olhei para as estrelas
E a lua lá no alto
nunca mais brilhou
Com a cabeça baixa,
já decorei os lugares por onde passei
E quem se importa com a solidão?
E acredito num profeta salvador
quando quase tudo se resume
aos medos, às decepções e aos riscos

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