Um poço de lama. Alguns grãos de desejos. Um oásis de esperança. Um deserto de desespero.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

As Nossas Cores


Todos os dias
começam para terminar
Mais uma manhã por meus olhos
E tento com todos os meios
correr com mais vagar
Mas me carrego pelos cantos
Pinto um sangue falso
Ponho mais um ponto
entre reticências que se acabam
Outro anel no bolso
Ataco meu sinto
Abotôo o destino
Vôo sem redenção
E, às vezes, penso
"Minha remada sem volta"
"Insuficiência"
"Quem, no final, não estará só?"
Para os que nada temem
Um passo atrás é também esperança
E trago outra interjeição
Vida congelada
Diga-me que também acha o mesmo
Reescreva o meu rei
Minha verdade com fronteiras
Minha paixão
Minha asma
Meus dedos que se enrugam
contra uma teimosia careta
Com medo, nego-me
Talvez não existam mais cores
É possível que estejamos velhos
Quem sabe o tempo não se gastará

2 comentários:

Anônimo disse...

Nunca desista de adicionar pontos nas reticências... a vida mal começou!!!!!!!!

Taty disse...

Nunca desista de adicionar pontos nas reticências... a vida mal começou!!!!!!!!